quinta-feira, 31 de julho de 2008

Ticha Penicheiro

ImageNa sua 11ª temporada na WNBA, a atleta Portuguesa Ticha Penicheiro parece ter encontrado a fonte de juventude. A sempre fiável base lusitana está a realizar uma das suas melhores campanhas na Liga, aumentando os seus números em praticamente todas as categorias do jogo.

Ticha assume-se como uma das principais armas ofensivas das Monarchs, estando a caminho da sua melhor média de pontuação de carreira (9.9 ppj nesta época, até à data), com uma percentagem de 43% de lançamentos de campo.

Será que as Sacramento Monarchs vão atingir os playoffs? Veja o que pensa a jogadora Portuguesa da carreira e das possibilidades da sua equipa para esta época, bem como da sua prestação individual, ao responder a perguntas dos seus fãs num chat no site da WNBA.

As Sacramento Monarchs têm tido muitos altos e baixos esta época. Acreditas que a equipa pode atingir os playoffs?

Sim, se conseguirmos ganhar uns quantos jogos seguidos, tudo é possível. Ainda há muitos jogos para serem jogados e a conferência Oeste é muito equilibrada.

Como é que foste capaz de puxar pelas tuas companheiras de equipa, mantendo o moral da equipa elevado depois da saída da Yolanda Griffith? O que podemos esperar do desafio desta noite (ontem) contra LA?

Temos uma grande química. Estou a adorar esta equipa, já que nos damos muito bem tanto dentro como fora do campo. A Yolanda era muito importante para a equipa, mas nós temos reagido bem. Hoje (ontem) contra LA, vamos ter um grande jogo contra uma grande equipa, mas julgo que se jogarmos o nosso melhor vamos ganhar.

Qual é o vosso plano de jogo para parar a Candace Parker que tem estado onfire nos últimos jogos? Achas que vão ser capazes de a parar?

Ela acabou de marcar 40 pontos na noite passada, por isso vamos esperar que tenha gasto as suas energias… Vai ser necessário um esforço colectivo para a parar, mas não podemos desprezar outras jogadoras como a Lisa Leslie ou a DeLisha Milton-Jones ou elas fazem-nos pagar. Vamos ter muito trabalho, mas vamos estar preparadas.

Alguma vez viste uma jogadora como a Candace Parker?

Não. Honestamente, sou uma grande fã dela. Para uma jogadora do seu tamanho é capaz de fazer coisas espantosas. É uma jogadora completa, sabe driblar, lançar, passar, tem grandes movimentos de poste e … ainda é rookie. Quando não tenho de jogar contra ela, sou uma grande fã.

O que te levou a olhar mais para o cesto esta época e a assumir mais despesas a nível da marcação de pontos?

Este ano não fui jogar para a Europa e optei por trabalhar no meu jogo e na minha técnica no defeso da WNBA. Não tenho uma mentalidade de marcadora de pontos, mas o trabalho que fiz este ano está a resultar e eu fico feliz por isso.

Pensas que necessitas de aumentar ainda mais a tua média pontual ou vais-te contentar em mantê-la?

Tenho tentado marcar mais pontos esta época, é um facto. É uma mentalidade que tenho que ter mas sem querer forçar nada. O meu primeiro instinto é comandar o ataque da equipa e envolver as minhas companheiras de equipa, mas há alturas no jogo em que tenho de procurar os meus lançamentos e tentar marcar mais pontos.

A vossa equipa este ano tem por hábito realizar grandes primeiras partes dos jogos, mas parece que se afundam nas segundas metades. Porque é que isto acontece e de que forma pensam vocês melhorar neste aspecto?

Gostaria sposta para esta questão, mas ainda estamos a tentar encontrá-la. Somos uma equipa jovem, é certo, mas também de ter uma retemos que dar crédito às outras equipas que não vão parar de lutar apenas porque lhes estamos a ganhar.

Após 11 anos na Liga, achas que podes conquistar o prémio de jogadora que mais evoluiu? É que esta é até agora, a tua melhor época em termos de marcação.

Nunca tinha pensado nisso. Estou apenas concentrada em ganhar jogos para as Monarchs. Se isso acontecer no final, acontece. Sinceramente, ainda não me tinha passado pela cabeça, mas agradeço o elogio.

És uma das melhores passadoras da Liga. O que te passa pela cabeça quando fazes uma jogada ou um passe? Estás a pensar no que vais fazer à bola? É que acontece tudo de forma tão natural…

Agradeço o elogio. Muito do que acontece em situação de jogo é natural. Já jogo há tanto tempo e sinto-me tão confortável com a bola nas mãos. Além disso, fui abençoada com uma boa visão de jogo. No que toca a passar a bola, também tenho de dar crédito às minhas colegas de equipa que recebem a bola e marcam cesto.

Qual é para ti, a base mais difícil de defrontar na costa Este e Oeste?

Diria provavelmente a Lindsay Whalen de Connecticut (Este) e a Sue Bird de Seattle (Oeste). Adoro vê-las jogar, sou uma grande fã dos seus estilos de jogo, mas não gosto lá muito de as marcar.

Achas que ainda vais continuar a jogar durante muito tempo?

Não tenho um prazo definido. Vai depender da forma como o meu corpo e a minha mente se “sentir”. Ainda tenho a mesma paixão que tinha quando comecei a jogar basket, por isso enquanto o meu corpo e a minha mente se aguentarem, vou continuar a jogar.

Pensas acabar a tua carreira nas Monarchs? E quando isso suceder, o que pensas fazer?

Sinceramente não me vejo a jogar noutra equipa. Estou nas Monarchs desde que ingressei na Liga. Todos os anos tenho ofertas de outras equipas e dou-lhes uma olhadela, mas o meu coração está aqui. Adoro a cidade, os adeptos e não me vejo a jogar em mais lado nenhum. Quando me retirar, quero ser agente.

Em que outro pavilhão, alem da Arco Arena, gostas mais de jogar?

O Madison Square Garden em Nova Iorque é a Meca do basquetebol. Lembro-me de estar muito ansiosa antes da minha estreia no MSG. Apesar de não ser Americana, conheço a história do que se passou nesse local mítico.

A equipa de Sacramento atravessa um processo de reconstrução. A teu ver, o que falta à equipa para melhorar e eventualmente recuperar o estatuto de elite que já deteve num passado recente?

Esta época perdemos a Yolanda e mais tarde a Demya Walker por lesão. Estas eram duas veteranas fundamentais para a equipa. Neste momento, só temos de melhorar com as jogadoras que temos e esperar que a Demya possa regressar. Só temos de competir, a liga é tão competitiva. Por isso temos de trabalhar muito tanto individual como colectivamente para que a equipa possa evoluir.


Retirado do site planeta basket.

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